30 abril 2007

confusão

sinto que dói tudo em mim
tudo em mim dói

falar pensar ouvir chorar correr sofrer amar
dói

é nó que engasga a voz e embarga o pensar no sono mórbido que cedo chega e demora a ir
e não vai

pesadelo constante que chega num instante e noutro se vai para no próximo voltar
e ferir

e dói

ser dói
sem saber quem se está sendo
se estou sendo...

- o que é ser?
aqui é ser?
aquiescer...

nado nado nado
mas não sei nadar e o mar termina no horizonte
que meus braços cansados parecem não alcançar


e acordo batendo numa parede azul que não me deixa acordar.

8 comentários:

  1. Anônimo00:20

    Mas logo você vai sair desse mar, mesmo sem saber nadar, pois vai acabar apredendo no meio do caminho e quando menos esperar vai estar na praia, salva e tranquila, se divertindo com a "aventura" que foi superada!

    ResponderExcluir
  2. escreve um recadinho sincero na parede azul e ela se abrirá num abraço e te tomará no sonho mais envolvente...

    tava sentindo falta de tuas palavras, Keila!

    té mais ler!

    ResponderExcluir
  3. Mar... imensidão azul. Há mar. Amar.

    Paredes se derrubam!

    Beijos

    ResponderExcluir
  4. dor desmedida
    incontida
    dor que precisa passar.

    ResponderExcluir
  5. Anônimo14:06

    doeu em mim...
    espero que seja dor de poeta, daquelas que só dóem no papel!

    ResponderExcluir
  6. Este é bom pra pensar...

    Gostei muito.

    Beijoss

    ResponderExcluir
  7. O final é triunfal! Gostei muito!!

    Bjs,
    REMO.

    ResponderExcluir