acomodada em carruagem
metálica
avistei o príncipe
- sem cavalo branco -
ao lado de sua princesa,
aguardando outra carruagem
passar
e eu ali,
princesa,
sem príncipe
nem cavalo branco
na fria carruagem metálica
a fitar...
Keila Sgobi
(copyleft)
Sempre encontraremos pedras em nossos caminhos. Algumas serão pequenas; outras, tão grandes que não poderemos olhar por cima delas. A única certeza é de que teremos de saltá-las, destruí-las, observá-las, rodeá-las ou deixá-las em seu próprio caminho. A escolha é nossa.
28 abril 2006
22 abril 2006
Making of - A minha casa está na minha mala
Novamente,
Angélica me surpreende com sua interpretação.
"I love this game!"
Gosto muito das visões que ela tem de meus poemas, como consegue transcender ao óbvio.
Eu estava subindo a Rua da Consolação e, em frente ao cemitério, vi um mendigo - não o mesmo de flash back, outro. Ele estava sentado e tinha como morada a rua, como abrigo um cobertor e a sua mala. A sua casa era a sua mala.
Angélica me surpreende com sua interpretação.
"I love this game!"
Gosto muito das visões que ela tem de meus poemas, como consegue transcender ao óbvio.
Eu estava subindo a Rua da Consolação e, em frente ao cemitério, vi um mendigo - não o mesmo de flash back, outro. Ele estava sentado e tinha como morada a rua, como abrigo um cobertor e a sua mala. A sua casa era a sua mala.
21 abril 2006
A minha casa está na minha mala
A minha casa está na minha mala.
Lá tem meia, tem calça,
- ela é grande e com alça!
Tem blusa, cobertor,
- mais forte que um trator!
Tem ar, tem vazio
- como a mãe que me pariu
Tem solidão, tem dor
- como neste mundo de horror.
E, sozinho,
na minha casa,
eu vivo perambulando pelas
estradas
procurando algo que
caiba
no vazio da minha
mala.
08/08/2002
Copyleft
Lá tem meia, tem calça,
- ela é grande e com alça!
Tem blusa, cobertor,
- mais forte que um trator!
Tem ar, tem vazio
- como a mãe que me pariu
Tem solidão, tem dor
- como neste mundo de horror.
E, sozinho,
na minha casa,
eu vivo perambulando pelas
estradas
procurando algo que
caiba
no vazio da minha
mala.
08/08/2002
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14 abril 2006
Making of - À espreita
Bom, não preciso repetir o que aconteceu: está descrito no poema.
Eu era adolescentemente apaixonada por aquele garoto que já tinha a sua eterna amada. Era um amor tão doce - e ainda o é - que não foi capaz de destruir uma bela amizade. Pena que ela não lerá estas palavras...
Mas voltando à cena, era um dia importante para ele e sua amada estava mais preocupada em afastar as amigas dele do que em compartilhar aquele momento único e mágico.
Acho que ele nunca percebeu.
Mas a vida é assim mesmo. Somente nós podemos tirar o cabresto de nossos olhos.
Um amigo sugeriu Raul Seixas. Disse que existem algumas coisas em comum. Posso dizer que, hoje, existem muitas coisas em comum entre À Espreita e Medo da Chuva.
Espero que compreendam.
Raul Seixas - Medo da Chuva
É pena
Que você pensa que eu sou escravo
Dizendo que eu sou seu marido
E não posso partir
Como as pedras imóveis na praia
Eu fico ao teu lado sem saber
Dos amores que a vida me trouxe
E eu não pude viver
Eu perdi o meu medo
Meu medo, meu medo da chuva
Pois a chuva voltando pra terra
Traz coisas do ar
Aprendi o segredo
O segredo, o segredo da vida
Vendo as pedras que choram sozinhas
No mesmo lugar
Eu não posso entender
Tanta gente aceitando a mentira
De que os sonhos desfazem
Aquilo que o padre falou
Porque quando eu jurei
Meu amor eu traí a mim mesmo
Hoje eu sei que ninguém neste mundo
é feliz tendo amado uma vez
Uma vez
Eu perdi o meu medo
Meu medo, meu medo da chuva
Pois a chuva voltando pra terra
Traz coisas do ar
Aprendi o segredo
O segredo, o segredo da vida
Vendo as pedras que choram sozinha
No mesmo lugar
Vendo as pedras que sonham
Sozinhas no mesmo lugar
Eu era adolescentemente apaixonada por aquele garoto que já tinha a sua eterna amada. Era um amor tão doce - e ainda o é - que não foi capaz de destruir uma bela amizade. Pena que ela não lerá estas palavras...
Mas voltando à cena, era um dia importante para ele e sua amada estava mais preocupada em afastar as amigas dele do que em compartilhar aquele momento único e mágico.
Acho que ele nunca percebeu.
Mas a vida é assim mesmo. Somente nós podemos tirar o cabresto de nossos olhos.
Um amigo sugeriu Raul Seixas. Disse que existem algumas coisas em comum. Posso dizer que, hoje, existem muitas coisas em comum entre À Espreita e Medo da Chuva.
Espero que compreendam.
Raul Seixas - Medo da Chuva
É pena
Que você pensa que eu sou escravo
Dizendo que eu sou seu marido
E não posso partir
Como as pedras imóveis na praia
Eu fico ao teu lado sem saber
Dos amores que a vida me trouxe
E eu não pude viver
Eu perdi o meu medo
Meu medo, meu medo da chuva
Pois a chuva voltando pra terra
Traz coisas do ar
Aprendi o segredo
O segredo, o segredo da vida
Vendo as pedras que choram sozinhas
No mesmo lugar
Eu não posso entender
Tanta gente aceitando a mentira
De que os sonhos desfazem
Aquilo que o padre falou
Porque quando eu jurei
Meu amor eu traí a mim mesmo
Hoje eu sei que ninguém neste mundo
é feliz tendo amado uma vez
Uma vez
Eu perdi o meu medo
Meu medo, meu medo da chuva
Pois a chuva voltando pra terra
Traz coisas do ar
Aprendi o segredo
O segredo, o segredo da vida
Vendo as pedras que choram sozinha
No mesmo lugar
Vendo as pedras que sonham
Sozinhas no mesmo lugar
13 abril 2006
À espreita
Tu estavas feliz ao lado dela
mas o teu amor ela não retribuía
o beijo que saía de tua boca
ao rosto dela não chegava
pelo ar, seguia...
Seguia até encontrar os meus lábios
que teu quente hálito sentiam
era em minha boca que chegava
o amor que ela não queria.
Keila Sgobi
01/1999 (?)
Copyleft
mas o teu amor ela não retribuía
o beijo que saía de tua boca
ao rosto dela não chegava
pelo ar, seguia...
Seguia até encontrar os meus lábios
que teu quente hálito sentiam
era em minha boca que chegava
o amor que ela não queria.
Keila Sgobi
01/1999 (?)
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12 abril 2006
Making of - Pássaros
09 abril 2006
Making of - Por Deus!!!
por deus
o sonho
acabou.
que venham novos sonhos
a serem sonhados
e despertados
a cada gélido
amanhecer!
o sonho
acabou.
que venham novos sonhos
a serem sonhados
e despertados
a cada gélido
amanhecer!
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