Sempre encontraremos pedras em nossos caminhos. Algumas serão pequenas; outras, tão grandes que não poderemos olhar por cima delas. A única certeza é de que teremos de saltá-las, destruí-las, observá-las, rodeá-las ou deixá-las em seu próprio caminho. A escolha é nossa.
09 dezembro 2008
28 setembro 2008
Relação Educador-Educando
e não me deixam falar?
São ouvidos aqueles que
sabem ouvir
São compreendidos aqueles que
podem compreender
Conseguem falar aqueles que
sabem como e quando se expressar
Estou aqui para ouvir,
mas também tenho muito a dizer
assim como vocês
que só sérão ouvidos
quando capazes de ouvir si mesmos
E eu estarei aqui
para nosso primeiro diálogo.
13 agosto 2008
11 agosto 2008
16 julho 2008
há tempos...
sem nada dizer
tem tempos em que a gente se inscreve
para garantir que existe
circunscreve
para ter contorno no que se é
e fica tensionando a perceber
já que nada faz sentido
sem estar sentindo
tudo se perde
a poesia esvanece
e fica esperando novos ventos que a tragam de volta...
09 abril 2008
no sentido da vida
na lembrança do passado
com a vivência do presente
sem projeções futuras
02 abril 2008
lembranças...
jogadas pelo caminho
encontrei lembranças
de meu passado querido
vestido azul
três anos vividos
fizeram-me dançar
um junino aquecido
Peposa sem olho
também sem vestido
cheirando a mofo
agarrou-se ao Fievel
com sua boina agarrada,
mas as calças largadas
medalhas ao infinito
quase sem nenhum sentido
não sei quando as ganhei
nem o sentimento perdido
mas guardo as fardas amareladas
de suor enraivecido
nas agendas a infância
e a adolescência doída
os poemas aos amados
que nunca foram tocados
mas que poeta seria eu
se houvesse um dia não amado?
e tem foto, tem boneco
tem pelúcia, tazzo, porta treco
encontrei clips, Super15, panelinhas!
surpresas KinderOvO
de basquete, muitas figurinhas!
e dentre tantos trapos
que na vida juntei
me lembrei que até um homem
de saia eu beijei
03 março 2008
Casa...
Pra virar de pernas pro ar
E desvirar sem pestanejar
Casa-se quando se criam asas
E todos querem voar
Casa-se quando o final de semana não basta
Nem água quente para descolar
Casa-se quando só, nada mais tem graça
E tudo a gente quer pro outro contar
Casa-se quando a gente não se cabe mais dentro da gente
E precisa de outro onde transbordar
Casa-se quando as noites ficam cada vez mais curtas
E os dias cada vez mais eternos
Quando precedidos de um encontro ao luar
Casa-se quando já se está casado
Só faltando a casa onde morar
Casa-se quando já estamos inteiros
E queremos outro para nos compartilhar
Casa-se quando não se sabe mais o que sente
E já não mais importa o que é o amar.
Obs.: Em homenagem ao meu casamento, em 1º de março de 2008