Para que
guarda-chuva
se preciso
de
guarda-pé?
KSB, 18.12.2016
Sempre encontraremos pedras em nossos caminhos. Algumas serão pequenas; outras, tão grandes que não poderemos olhar por cima delas. A única certeza é de que teremos de saltá-las, destruí-las, observá-las, rodeá-las ou deixá-las em seu próprio caminho. A escolha é nossa.
18 dezembro 2016
27 novembro 2016
Liberdade I
Foto: Hugo L. Peroni
Deus sentenciou a liberdade
Criando a possibilidade.
Seguir um caminho
É ter um sentido: estar sozinho
Rumo ao infinito
Mas a vida é de todos e plena
Caminhos que se cruzam condenam:
Choque que arrebenta
Presa dentre os fios do mundo
A dúvida a menina ronda.
Surge de um nível tão profundo
Que ela teme a própria sombra.
KSB, 11.11.16
20 novembro 2016
no duo
Teu beijo
meu tempo
para
teu abraço
do mundo me
destaca
pelo teu toque
sou
contaminada
sentindo o corpo
absorto em
nada
meu tempo
para
teu abraço
do mundo me
destaca
pelo teu toque
sou
contaminada
sentindo o corpo
absorto em
nada
KSB, 16.08.2014
13 novembro 2016
30 outubro 2016
23 outubro 2016
08 outubro 2016
A vida é mudança (e a questão da liberdade)
A cada dia, estamos em um diferente ponto da órbita do Sol. Há alguns meses, acordava na escuridão; hoje, sou recebida pelas sombras do amanhecer. São pequeninas mudanças diárias que, se tomadas separadamente, causam grande tormento.
Assim é na vida vivida: um olhar, uma palavra, um sorriso e está feita a revolução; ausências e presenças cotidianas que aqui estão (ou não) feito pílulas de luz: o estoque é consumido, nos esquecemos de um ou outro comprimido e, quando nos damos conta, estamos na mais completa escuridão.
Se mudar é essência, donde vem o comando da busca pelo estável, imutável e, portanto, impossível de se alcançar?
Talvez o sistema econômico atual necessite de insatisfeitos para se manter. Assim, ele pode vender soluções mágicas que sempre estiveram conosco, em nossas relações com o mundo.
Compreender a vida e aceitá-la em sua inteireza pode nos permitir viver o presente aqui e agora, sem projeções ou culpas; sem angústia, ansiedade, depressão, pois a busca pelo impossível é fadada ao fracasso, uma profunda dor muitas vezes desnecessária.
Daí sentirmos e sermos nossa liberdade: a natureza e as relações não são condicionantes de nossas escolhas, mas co-constituem a vida. Somos livres na medida em que conseguimos acessar a essência do viver no mundo, do viver as relações e nos colocamos ativamente na escolha e ação. Escolher a busca pelo estável, imutável e eterno quando se é tomado pela sua impossibilidade,também é liberdade: liberdade de não querer viver mudanças e de tentar impedí-las.
A natureza não é imutável. A vida não é eternamente estável. Viver é, essencialmente, em sua imensidão, incontrolável.
KSB, 30.9.2016
01 outubro 2016
Resguardo
Feche tudo! Olhe a brisa!
E, cuidado, pois resfria!
Mas de nada vale o aviso
Quando o assunto é ter juízo:
Janela aberta ou não:
Tem fuxiqueiro de plantão!
KSB, 19.09.2016
Da Série Re-tratos
Foto: Hugo Leonardo Peroni
29 setembro 2016
26 setembro 2016
Lembranças
Lembrança na essência:
vivência presente
que sente, vê e anima
a alma que tenta,
mas não se esvazia.
KSB, 05 de setembro de 2014
vivência presente
que sente, vê e anima
a alma que tenta,
mas não se esvazia.
KSB, 05 de setembro de 2014
24 setembro 2016
Re-tratos I
21 setembro 2016
Enamorar-te
Bastaram sorriso e abraços
Para o meu ser se enamorar
Platonicamente e, na mesma noite,
Contigo sonhar
Na solidão da dor lancinante
Apaixonar-me é uma arte
Será que, nos seus sonhos,
De seu todo eu já sou parte?
KSB
24.01.2016
20 setembro 2016
Meu corpo sou eu
Meu corpo não é minha morada
Sou eu maltratada
Despedaçada pela vida
Pisoteada e magoada
Meu corpo não é minha morada
Sou eu mal alimentada
Desnutrida de amor
E de dor, encharcada
Meu corpo não é minha morada
Sou eu desequilibrada
Caminhando descalça
Pelo fio da navalha
Meu corpo não é minha morada
Sou eu do modo que posso
Caminhar por esta estrada.
KSB, 21.8.2016
19 setembro 2016
Saindo da Hibernação ou o Retorno da Fênix (Devagar e Sempre!)
Estou muito mais para tartaruga do que para urso despertando da hibernação ou ave Fênix, mas me parece que venho reunindo ao longo dos anos as características dos três.
"Devagar e sempre": este é meu lema de vida. Apesar de não ter pressa para algumas coisas, tenho para outras e acabo acumulando atividades. Com este acúmulo, tive problemas com a definição de prioridades e ruí. Pedaços se soltaram. Onde existia, a tinta descascou. As estruturas se enferrujaram. Perdí-me por aí, por aqui.
Alcei vôo em busca de luz e, aqui, me redescobri. A luz sempre esteve em mim. Não escutei meus avisos, caí nas armadilhas que previ. Tive de aprender com as consequências.
Perdi-me. Foi preciso buscar.
A busca não foi só. Nada é por acaso.
Mãos, braços, almas, corações se estenderam até mim nos últimos anos (gratidão!). A poesia que estava calada, meu urso adormecido, despertou.
Alimento de minha poesia, a paixão rea(s)cende.
Fagulhas se espalham fazendo brotar palavras e frases aqui e acolá. Precisam de mais luz.
Mais alguém por aqui para ultrapassar as pedras e, a vida, iluminar?
"Devagar e sempre": este é meu lema de vida. Apesar de não ter pressa para algumas coisas, tenho para outras e acabo acumulando atividades. Com este acúmulo, tive problemas com a definição de prioridades e ruí. Pedaços se soltaram. Onde existia, a tinta descascou. As estruturas se enferrujaram. Perdí-me por aí, por aqui.
Alcei vôo em busca de luz e, aqui, me redescobri. A luz sempre esteve em mim. Não escutei meus avisos, caí nas armadilhas que previ. Tive de aprender com as consequências.
Perdi-me. Foi preciso buscar.
A busca não foi só. Nada é por acaso.
Mãos, braços, almas, corações se estenderam até mim nos últimos anos (gratidão!). A poesia que estava calada, meu urso adormecido, despertou.
Alimento de minha poesia, a paixão rea(s)cende.
Fagulhas se espalham fazendo brotar palavras e frases aqui e acolá. Precisam de mais luz.
Mais alguém por aqui para ultrapassar as pedras e, a vida, iluminar?
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