A criança olha para um lado
para outro,
para o pai,
onipotente,
sentado ao seu lado
e coloca,
disfarçadamente,
o dedinho no nariz.
Gira para a direita,
para a esquerda,
vai fundo...
Retira o dedinho
e desce,
vagarosamente,
para a boca.
Chupa o dedinho,
raspa com os dentes.
Então,
olha para o pai novamente
e repete o ato
inocentemente.
Keila Sgobi
25/06/2001
(Copyleft)
Ainda lembro quando li este poema pela primeira vez pra minha mãe, que, indignada, o reprovou de todas as maneiras.
ResponderExcluir"O menino" cresceu tanto em minha admiração, que posso dizer que é, mesmo que indiretamente, o pai d"o maior de todos". Indiretamente, porque não debrucei-me sobre este meu poema com o seu do lado, mas é certo que permaneceu em meu inconsciente alguma coisa d"O menino", que veio à tona no meu momento de verve. Só que destes assuntos de "inconsciente" nem me atrevo a me prolongar, porque não há pessoa mais autorizada do que você pra tecer comentários...
[risos!]
ResponderExcluirMuito bom!
Beijos!
:)
esse menino...
ResponderExcluirdá pra ver seus olhos espertos nas entrelinhas!
, crianças. como são divertidas...
ResponderExcluir|beijos meus|
Sensacional!
ResponderExcluirÉ no máximo que moram as mínimas!
Adoro esses versos com gosto de vidinha (vidinha vidinha, não vidinha de inha pejorativa).
Beijos!!
REMO.