Poetas,
inicio hoje uma série de postagens que corresponde às produções dos meus queridos meninos e meninas caminhantes. Caminhantes que, assim como nós, estão na escola da vida, mas nem sempre sabem muito bem para onde olhar ou o que observam.
A partir da leitura do Livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos, pedi para que produzissem algo que representasse a obra e suas relações com nossas vidas.
Por enquanto, tive pouco retorno. Alguns serão aqui expostos, com o consentimento de seus autores e autoras.
O poema que se segue foi escrito por Alex Ruiz, Maria Heloísa, Vitor Cesar e Willan Pereira (na verdade, ele teve de ir trabalhar), todos estudantes de escola pública, no 3o. EM.
Sem censuras ou correções gramaticais/ortográficas, conheçam
"Vidas Sêcas"
Estas palavras resumem uma vida injustiçada,
que sobre a luz do Sol
olho para frente e vejo uma grande jornada,
reflexo de terra improdutiva e desgraçada
Com muita força e perseverança
à frente vejo um toque de esperança,
uma moradia no abandono
que por causa da seca e da miséria estava sem dono.
Em meio às dificuldades e escassez contínua
a realidade da pobreza vivida
de uma família sofrida que,
almejava uma justa folga merecida.
Ao aconchego da casa acharam que a vida ia
melhorar
mas com trovoadas veio a arruinar
pois o dono da casa veio a chegar
e o exploramento e a vida de escravo iria começar
Seu trabalho era explorado
e sem ter opinião própria ele era comandado
por falta de cultura ele sempre era enganado
e sua consequência era sempre o pior resultado
Depois de muitas humilhações
assim chegaram as reações
saíram daquelas terras sofridas com o porém de esquecer
e andaram com uma coisa em mente, de que algo bom iria acontecer.
Sempre encontraremos pedras em nossos caminhos. Algumas serão pequenas; outras, tão grandes que não poderemos olhar por cima delas. A única certeza é de que teremos de saltá-las, destruí-las, observá-las, rodeá-las ou deixá-las em seu próprio caminho. A escolha é nossa.
13 junho 2007
03 junho 2007
Poeta
Ao Amigo Poeta, Octavio Roggiero Neto
A cabeça em riste
O olhar curioso
Não te negam a poetice
Estampada no rosto.
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