E o dia fez-se noite.
O sol que animava as flores encolhidas
se foi.
Os pássaros se recolheram,
Estranhos ao anoitecer
Antecipado.
Nada era compreensível
Um vento frio começou a cortar a pele das crianças que brincavam nas ruas.
Todas assustadas.
Não ventara,
Não chovera,
Não chorara o dia todo.
Mas um ar sombrio e triste
Triste e sozinho
Animara-se repentinamente.
A noite escureceu
Despedindo as estrelas e a lua
Que tanto a incomodavam.
Sozinha, a menina sorria
Sorria ao vê-lo amar
E ser amado.
Mas as palavras são sempre mais afiadas que a espada
E a felicidade tornou-se tristeza
E o amor tornou-se solidão.
Seus doces olhos se umedeceram
Sem deixar que uma lágrima escorresse
E o dia fez-se noite
Sem fim de tarde colorido
Sem estrelas reluzindo
Cem noites de solidão.
Keila Sgobi de Barros
13/03/2005
(Copyleft)
Ai, isso deu abafamento no meu coração...
ResponderExcluirBeijos!!
:)
, a solidão vem mesmo acompanhados. a tarde colore os corações...
ResponderExcluir|beijos meus|
frio e negro como a noite... e lindo e misterioso como ela.
ResponderExcluirLindo poema!
ResponderExcluirHá beleza na solidão...
Obrigada pela visita! Voltarei por aqui com mais calma.
Beijos.
solidão que chega e nos olha de frente...
ResponderExcluiruau.
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