de Adélia Prado
O amor quer abraçar e não pode.
A multidão em volta,
com seus olhos cediços,
põe caco de vidro no muro
para o amor desistir.
O amor usa o correio,
o correio trapaceia,
a carta não chega,
o amor fica sem saber se é ou não é.
O amor pega o cavalo,
desembarca do trem,
chega na porta cansado
de tanto caminhar a pé.
Fala a palavra açucena,
pede água, bebe café,
dorme na sua presença,
chupa bala de hortelã.
Tudo manha, truque, engenho:
é descuidar, o amor te pega,
te come, te molha todo.
Mas água o amor não é.
Keila, ative o moderador de comentários-spam, porque se não seu blog ficará repleto destes indesejados.
ResponderExcluirBeijo!
gostei bastante daqui!
ResponderExcluirgrande abraço!
Olá, srta Keila Sgobi!
ResponderExcluirVi um feedback teu em meu blog... Como vc deixou o link pra cá, resolvi dar uma espiada no conteúdo!
E --que coisa!-- apareço justamente momento que, me parece, vc pára de publicar escritos teus...
Aliás, os que eu pude ler até então são muito bons! (Até o penúltimo post teu, que foi só pra dizer que não se sentia inspirada p/ escrever algo pra pôr no blog, tá bacana!)
Gostei muito do que vc publicou aqui em 14-MAI... Maravilhoso!
(E gostei da sacada do "copyleft" tbm! Hehehehehehe...)
Com certeza, voltarei aqui mais vzs!
Até mais!