Bom, não preciso repetir o que aconteceu: está descrito no poema.
Eu era adolescentemente apaixonada por aquele garoto que já tinha a sua eterna amada. Era um amor tão doce - e ainda o é - que não foi capaz de destruir uma bela amizade. Pena que ela não lerá estas palavras...
Mas voltando à cena, era um dia importante para ele e sua amada estava mais preocupada em afastar as amigas dele do que em compartilhar aquele momento único e mágico.
Acho que ele nunca percebeu.
Mas a vida é assim mesmo. Somente nós podemos tirar o cabresto de nossos olhos.
Um amigo sugeriu Raul Seixas. Disse que existem algumas coisas em comum. Posso dizer que, hoje, existem muitas coisas em comum entre À Espreita e Medo da Chuva.
Espero que compreendam.
Raul Seixas - Medo da Chuva
É pena
Que você pensa que eu sou escravo
Dizendo que eu sou seu marido
E não posso partir
Como as pedras imóveis na praia
Eu fico ao teu lado sem saber
Dos amores que a vida me trouxe
E eu não pude viver
Eu perdi o meu medo
Meu medo, meu medo da chuva
Pois a chuva voltando pra terra
Traz coisas do ar
Aprendi o segredo
O segredo, o segredo da vida
Vendo as pedras que choram sozinhas
No mesmo lugar
Eu não posso entender
Tanta gente aceitando a mentira
De que os sonhos desfazem
Aquilo que o padre falou
Porque quando eu jurei
Meu amor eu traí a mim mesmo
Hoje eu sei que ninguém neste mundo
é feliz tendo amado uma vez
Uma vez
Eu perdi o meu medo
Meu medo, meu medo da chuva
Pois a chuva voltando pra terra
Traz coisas do ar
Aprendi o segredo
O segredo, o segredo da vida
Vendo as pedras que choram sozinha
No mesmo lugar
Vendo as pedras que sonham
Sozinhas no mesmo lugar
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